
Polônia e Israel entraram numa colisão diplomática bastante espinhosa em 2018. O governo polonês na época passou uma lei afirmando que era crime culpar o pais pelo holocausto judeu. Esta lei sancionada pelo então presidente Mateusz Morawiecki, e obviamente foi criticada por Israel e claro por historiadores e especialistas no assunto ao redor do mundo.
A lei especificamente dizia que era um crime culpar a nação polonesa pelo holocausto juntamente com outros crimes cometidos durante a 2a Grande Guerra Mundial pelo regime nazista durante sua ocupação na Polonia entre 1939 e 1945. Foram os nazistas que supervisionaram o extermínio por meio de assassinatos em massa, câmara de gás, inanição e trabalho forçado que tirou a vida de milhões de judeus, juntamente com a vida de católicos e daqueles considerados seres humanos inferiores. Entretanto, o papel de colabores poloneses e até mesmo judeus como participantes e facilitadores no sistema nazista mecanizado de mortes continua sendo um tema tenso de investigação histórica.
Logicamente o governo conservador polonês da época disse que o seu objetivo era somente defender sua nação contra a difamação, mas historiadores disseram que o resultado final era endurecer a investigação e a reconciliação. Um grupo de poloneses que arriscaram suas próprias vidas e foram reconhecidos pelo famoso Centro Cultural israelense Yad VAshem por seu heroismo pediram numa carta aberta direcionadas as lideres dos governos de ambos paises para não tentarem reescrever a história.
Uma das signatárias desta carta foi a senhora Anna Stupnicka-Bas, uma octagenária de 89 anos que era uma adolescente na época e se lembra perfeitamente do que ela e sua mãe fizeram para ajudarem judeus presos nos campos de concentração na Polônia. Segundo suas próprias palavras, havia havia pessoas boas dispostas a arriscarem suas próprias vidas para salvarem judeus, bem como pessoas más colaborando com as atrocidades sendo cometidas pelos nazistas. Havia heróis bem como ladrões e assassinos. Asim como existem em outras nações. Dizer diferente é prejudicial e absurdo.
Representantes oficiais de Israel se encontraram com representantes de diplomatas poloneses. Eles estavam preocupados como a implementação da lei poderia retroceder o estudo do que realmente aconteceu na Polônia durante os anos do holocausto. Impedindo com isso um franco debate sobre a história. Durante a discussão entre os dois grupos, o jornalista do periódico, The New York Times, Yediot Abronot que escreve sobre assuntos de inteligência disse que seus pais , que nasceram na Polônia perderam todos seus bens porque os vizinhos poloneses os deduraram para a polícia nazista Gestapo.
A tensao entre os dois países espalhou-se pela União Européia que ameaçou o governo polonês afirmando que o tiraria de votações importantes relacionadas ao bloco europeu por causa destas ameaças as normas democráticas.
Ewa Junczyk-Ziomecka, a presidente da Fundação Educacional Jankarski que organizou a carta com as assinaturas de vários polones que ajudaram os judeus durante o holocausto disse que muitos dos signatários estão em idade avançada com mais de 90 anos. Ela esta preocupada que a memória dos atos benevolentes e corretos estão se apagando da memória nacional.
“Judeus e poloneses passasram anos aprendendo sobre qual é a fonte da dor para os judeus e o que está na alma dos polonese que machuca”, disse a senhora Junczyk-Ziomecka. “A memória de ambos se completam. Ela não pode imaginar que alguém poderá separá-las”./NYT
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