LLOYD JAMES AUSTIN III

General Lloyd Austin III, Comandante do Comando Central dos Estados Unidos falando para um grupo de recrutas militares durante uma cerimonia de iniciação no meio tempo da partida entre os times de futebol norte-americano Tampa Bay Buccaneers e o New York Giants em Tampa Bay na Florida, Domingo 8 de Nov. de 2015. (Foto AP/Phelan M. Ebenhack)

Com 93 votos a favor e apenas 2 contra, o recém aposentado General das Forças Armadas dos Estados Unidos, Lloyd James Austin III, foi confirmado pelo senado no começo do ano para o posto de Secretário de Defesa. O senhor Austin é um militar de carreira e o primeiro afroamericano a liderar este importante posto Federal. Com toda certeza o novo secretário está ciente dos desafios que o espera. Entre eles está o forte racismo que ainda está impregnado nas fileiras das Forças Armadas. Um problema que ele certamente enfrentou durante sua longa, árdua, e vitoriosa carreira militar.

Muitos dos manifestantes presos depois de invadirem o Capitólio no dia 6 de Janeiro deste ano eram ex militares ou com forte ligações militares. Horas depois de ser confirmado, a Casa Branca anunciou uma investigação profunda sobre as ameaças de terrorismo doméstico dentro das várias agencias de segurança nacional. ” Há um reconhecimento acerca deste problema nas fileiras militares”, disse Nora Bensahel, professora de estudos estratégicos da universidade de John Hopkins da cidade de Baltimore. “Mas o 6 de janeiro expôs o quão profundo isto pode ser no país. É um tema importante que qualquer secretário enfrentaria, mas ele tem uma perspectiva única onde estes problemas estão.

O senhor Austin foi o único afroamericano a liderar o Centro de Comando dos Estados Unidos, a força militar de combate mais importante do país, em combates no Iraque, Afeganistão, Iêmen e Síria. Além do sério problema doméstico dentro das Forças Armadas, o secretário terá ainda que enfrentar uma China altamente forte do ponto de vista econômico usando seus tentáculos para influenciar países ao redor do planeta, e uma Russia que ainda não desistiu de anexar a Ucrânia, além é claro dos espinhos nos países do Oriente Médio como a Siria, o Iraque, o Irâ entre outros.

General Lloyd James Austin III usando seu uniforme miliar

Há é claro o problema da pandêmia que ainda não foi completamente controlada ao redor do mundo e continua afetando a volta dos EUA a sua normalidade; e o problema de assédio sexual nas Forças Armadas o qual o Congresso e o Pentágono até o momento foram incapazes de cicatrizar essa ferida.

Numa mensagem aos seus subordinados, ele mencionou a continuação da missão das Forças Armadas e ao mesmo tempo sugerindo que mudanças estão a caminho. “Meu trabalho como secretário de Defesa é fazer com que vocês sejam mais efetivos nos seus afazeres”, ele escreveu. ” Com isto quero dizer fazer com que vocês tenham as ferramentas, tecnologia, armas e treinamento para deter e derrotar nossos inimigos. Isto significa estabelecer políticas adequadas e estratégicas atribuindo a vocês missões claras”.

O Congresso concedeu ao general aposentado de 4 estrêlas uma isenção especial para assumir o posto, o que é requisitado para qualquer secretário de defesa que esteja fora do serviço militar por menos de 7 anos. O senhor Austin se aposentou em 2016 depois de 41 anos de serviços prestados as Forças Armadas.

“Nós aplaudimos a forte cooperação bi-partidária para a confirmação do general Lloyd Austin que vem quebrando barreiras toda sua vida, como o primeiro secretário de Estado negro na história da nossa nação”, disse Jen Psaki, o secretário de comunicação da Casa Branca. “Austin é um enorme ativo para a segurança da nossa nação e ele sem dúvida alguma começará com todo entusiasmo possível”./NYT