
Com 93 votos a favor e apenas 2 contra, o recém aposentado General das Forças Armadas dos Estados Unidos, Lloyd James Austin III, foi confirmado pelo senado no começo do ano para o posto de Secretário de Defesa. O senhor Austin é um militar de carreira e o primeiro afroamericano a liderar este importante posto Federal. Com toda certeza o novo secretário está ciente dos desafios que o espera. Entre eles está o forte racismo que ainda está impregnado nas fileiras das Forças Armadas. Um problema que ele certamente enfrentou durante sua longa, árdua, e vitoriosa carreira militar.
Muitos dos manifestantes presos depois de invadirem o Capitólio no dia 6 de Janeiro deste ano eram ex militares ou com forte ligações militares. Horas depois de ser confirmado, a Casa Branca anunciou uma investigação profunda sobre as ameaças de terrorismo doméstico dentro das várias agencias de segurança nacional. ” Há um reconhecimento acerca deste problema nas fileiras militares”, disse Nora Bensahel, professora de estudos estratégicos da universidade de John Hopkins da cidade de Baltimore. “Mas o 6 de janeiro expôs o quão profundo isto pode ser no país. É um tema importante que qualquer secretário enfrentaria, mas ele tem uma perspectiva única onde estes problemas estão.
O senhor Austin foi o único afroamericano a liderar o Centro de Comando dos Estados Unidos, a força militar de combate mais importante do país, em combates no Iraque, Afeganistão, Iêmen e Síria. Além do sério problema doméstico dentro das Forças Armadas, o secretário terá ainda que enfrentar uma China altamente forte do ponto de vista econômico usando seus tentáculos para influenciar países ao redor do planeta, e uma Russia que ainda não desistiu de anexar a Ucrânia, além é claro dos espinhos nos países do Oriente Médio como a Siria, o Iraque, o Irâ entre outros.

Há é claro o problema da pandêmia que ainda não foi completamente controlada ao redor do mundo e continua afetando a volta dos EUA a sua normalidade; e o problema de assédio sexual nas Forças Armadas o qual o Congresso e o Pentágono até o momento foram incapazes de cicatrizar essa ferida.
Numa mensagem aos seus subordinados, ele mencionou a continuação da missão das Forças Armadas e ao mesmo tempo sugerindo que mudanças estão a caminho. “Meu trabalho como secretário de Defesa é fazer com que vocês sejam mais efetivos nos seus afazeres”, ele escreveu. ” Com isto quero dizer fazer com que vocês tenham as ferramentas, tecnologia, armas e treinamento para deter e derrotar nossos inimigos. Isto significa estabelecer políticas adequadas e estratégicas atribuindo a vocês missões claras”.
O Congresso concedeu ao general aposentado de 4 estrêlas uma isenção especial para assumir o posto, o que é requisitado para qualquer secretário de defesa que esteja fora do serviço militar por menos de 7 anos. O senhor Austin se aposentou em 2016 depois de 41 anos de serviços prestados as Forças Armadas.
“Nós aplaudimos a forte cooperação bi-partidária para a confirmação do general Lloyd Austin que vem quebrando barreiras toda sua vida, como o primeiro secretário de Estado negro na história da nossa nação”, disse Jen Psaki, o secretário de comunicação da Casa Branca. “Austin é um enorme ativo para a segurança da nossa nação e ele sem dúvida alguma começará com todo entusiasmo possível”./NYT
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