
Após o primeiro debate presidencial entre o presidente em exercício, Donald J. Trump, e o candidado democrata Joe Biden, uma coisa ficou clara para os milhões de telespectadores ao redor do mundo que testemunharam as trocas de insultos. O atual presidente do EUA demonstrou toda sua inabilidade em convencer o eleitor indeciso no país porque ele deveria continuar mais 4 anos a frente da Casa Branca.
Agindo como se fosse um enorme touro preso num estábulo, Donald Trump saiu em disparada como se o seu microfone fosse um chifre apontado para o fígado do oponente democrata tentando sangrá-lo o mais rápido possível.
Interrompendo constantemente o calmo, mas as vezes impaciente Joe Biden, Donald J. Trump mostrou seu lado ditatorial como se ele fosse o presidente de uma destas republiquetas de quinta categoria. Várias vezes ele foi admoestado pelo paciente moderador Chris Wallace da rede de televisão Fox News.
Os EUA costumam enviar representantes ao redor do planeta para monitorar eleições tal o grau de lisura de suas eleições interna. Entretanto, para o presidente norte-americano, qualquer resultado que não o satisfaça por completo, ou seja, que o mantenha na Casa Branca terá sido fraudulento. A todo momento ele falava flagrantes mentiras sobre a lisura da votação em Novembro.
Donald Trump não defende princípios conservadores como por exemplo, um menor envolvimento do Estado na vida dos cidadãos, um justo comércio entre os países ou até mesmo a liberdade de imprensa. Ele defende os interesses mesquinhos de Donald J. Trump.
Desde que ganhou a nomeação pelo partido Republicano para disputar a presidência e depois sua surpreendente vitória em 2016, o presidente tem disseminado um descrédito sem precedentes as instituições democráticas dos EUA, o Congresso, a Suprema Corte, o Exército, etc.
O ápice de sua ineptude como presidente foi demonstrado nestes últimos 9 meses durante a pandêmia do coronavirus. De acordo com recentes áudios veiculados pela mídia em geral, Donald J. Trump estava a par da gravidade do virús desde Fevereiro. Porém, por capricho político ele escondeu estas vitais informações da população. Sua desculpa esfarrapada quando questionado foi dizer que não queria deixar a população em pânico. Os EUA já contabilizaram mais de 200 mil mortes relacionadas ao COVID-19.
O presidente gosta de dizer que durante sua gestão a economia estava bastante aquecida até a chegada do virus. O nível de desemprego estava abaixo dos 4%, uma média histórica no país. Porém, o que ele costuma esconder do público em geral é que os ganhos da sua política macro econômica geralmente favorecem uma pequena elite representada hoje em dia pelas gigantes do setor financeiro juntamente como as gigantes na área da tecnologia.

Durante o caloroso e em muitos momentos indiciplinado debate, o presidente perdeu mais uma oportunidade em condenar os supremacistas brancos. Principalmente o grupo conhecido como “The Proud Boys” (Os Rapazes Orgulhosos). Ao ser questionado pelo moderador Chris Wallace, se ele condenava o grupo, Donald J. Trump relutantemente respondeu: “Hey, rapazes, fiquem de lado. Fiquem a postos”.
Com a chance de nomear um terceiro juiz conservador para a Suprema Corte (os outros dois foram Brett Kavanaugh e Neil Gorsuch), Donald J. Trump quer com isto revogar de uma vez por todas o popular progama de saúde nacional conhecido como “Obamacare”, iniciativa do ex presidente Barack Obama, ratificado depois pela Suprema Corte. O presidente pretende ainda revogar o direito constitucional da mulher norte-americana em abortar uma gravidez indesejada.
Para o brilhante jornalista e colunista do periódico The New York Times, o senhor Thomas L. Friedman, Donald J. Trump é sem duvida alguma o presidente mais desonesto, perigoso, espírito ruim, divisivo e pessoa corrupta a ocupar a Casa Branca. Para o jornalista, o triste é observar como os republicanos que num passado não muito distante votaram em políticos conservadores como Ronald Reagan, George W. H. Bush e George Bush se alinharam agora atrás de uma pessoa como Donald J. Trump.
Thomas L. Friedman disse ainda que 4 anos mais da política do presidente em dividir para conquistar rasgará o país ao meio. A democracia norte-americana está sendo testada mais uma vez. Resta saber agora se ela é forte o suficiente para atravessar ilesa este período bastante caótico./NYT
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