
Emmanoel N´ Djoké “Manu” Dibango nasceu no Camarões. Ele era filho de um servidor público e uma costureira. Manu Dibango cresceu dentro de uma família bastante estavél e dentro de sua casa as músicas mais ouvidas eram a religiosa, a tradicional local e a música pop do Ocidente.
Aos 15 anos de idade o jovem camaronês foi enviado para a França e Bélgica para estudar música clássica e piano. Entretanto, seu chamado musical acabou acontecendo quando teve contacto pela primeira vez com o saxofone no início dos anos de 1950.
Em 1956 quando começou a tocar em bares e clubes de Paris seu pais ficaram bastante decepcionados. Por causa desta sua insubordinação sua família cortou sua farta mesada. Para sua sorte nesta mesma época acabou conhecendo vários músicos africanos. Entre eles estavam Joseph Kabasele, lider do grupo africano de Jazz Le Grande Kalle. Por volta dos inícios dos anos de 1960 Manu Dibango já estava liderando seu próprio grupo música.
Sua música mais famosa, a dançante “Soul Makossa”, fazia parte do lado B de um compacto celebrando o time de futebol de Camarões. De acordo com o livro “Turn the Beat Around: The Secret History of Disco” (2005) de Peter Shapiro, o conhecido DJ de Nova York.
O famoso DJ David Mancuro encontrou o disco numa loja de música caribenha e o levou para tocar no clube Loft, um espaço pioneiro da música DISCO em Nova York. O DJ Frankie Crocker da conhecida rádio WBLS colocou a música na sua progamação diária. “Soul Makossa” alcançou número 40 na parada de 1973.

Com a explosão e o sucesso da música o artista foi convidado para uma turnê mundial com a sua banda. Isto o levou a colaborar com os produtores de Reggae, Sly Dunbar e Robbie Shakespeare na Jamaica, com Serge Gainsbourg em Paris e com Bill Laswell nos EUA.
A música “Soul Makossa” chegou com o despertar da música DISCO entrando nas paradas de sucesso nas rádios e naturalmente nas pistas de dança ao redor do planeta.
O cantor Michael Jackson a colocou o refrão na sua música “Wanna Be Startin’ Somethin´”, uma faixa do seu famoso albúm Thriller de 1983. Esta música foi usada também pela cantora Rihanna no seu trabalho de 2007 chamado “Don’t Stop The Music”.
O senhor Dibango processou os dois músicos em 2009. Os representantes do falecido cantor Michael Jackson fizeram um acordo extra judicial. Soul Makossa tem sido usada amplamente por vários artistas da música hip hop.
Apesar de ser conhecido intercionalmente pelo sucessos de “Soul Makossa” e Abele Dance de 1984, havia muito mais trabalhos importantes em sua extensa carreira. Ele trabalhou ao lado de Herbie Hancock, Fela Kuti, Peter Gabriel, Angélique Kidjo entre outros.

Numa entrevista em 2017 para a rádio BBC de Londres, o senhor Dibango se disse altamente orgulhoso da sua eclética música. “Voce não é um músico porque é africano,” ele disse. “Voce é um músico porque é um músico vindo da África, mas primeiro um músico”.
O seu extenso catálogo musical inclui trilha sonora, Jazz, Reggae, pop e hip hop. Em 2017 ele lançou “M&M”, uma colobaração com o saxofonista de Jazz moçambicano, Moreira Chonquiça. Em 2018 lançou “CubaAfrica”, uma colaboração com o grupo cubano Quarteto Pátria.
Muitos dos seus outros álbuns contém uma fusão do “Jazz”, “Funk”, instrumentos musicais africanos e “dance music”, eletrônica ou tocada com as mãos – atrás de suas linhas melódicas concisas.
O senhor Manu Dibango faleceu em consequência do COVID-19 num hospital na França no início do ano.
You must be logged in to post a comment.