O bilionário Ken Griffin que trabalha com fundos especulativos na cidade de Nova York recentemente pagou mais de US$100 milhões por um quadro do famoso pintor Jean-Michel Basquiat (1960-1988), cujo temas de seus quadros sempre foram raça e iniquidade. O quadro “O Menino e o Cachorro”, a famosa obra colorida de 1982 foi comprado do socialite novaiorquino Peter Brant.

Como se já não bastasse a enorme fortuna paga por este quadro, o ano passado o conhecido presidente de diretoria da Citadel, a famosa casa de investimentos, pagou nada mais nada menos do que quase US$240 milhões por uma cobertura no Central Park de Nova York . O parque mais conhecido da cidade tem mais um poderoso inquilino. Com toda certeza o senhor Griffin fará parte do seleto grupo de novaiorquinos que contribuem com parte de sua fortuna para a manutenção impecável do parque mais glamoroso da cidade.

O momento desta grande transação parece um pouco estranha nesta época de protestos por conta da violência policial especificamente contra negros. Porém, fontes dizem que o milionário negócio foi fechado antes da morte de George Floyd pela polícia de Minniapolis.

Enquanto a compra do famoso Basquiat por Griffin, apesar do seu preço estratosférico, poderia parecer oportunista para muitos, fontes na cidade dizem que o senhor Brant, um dos patronos chave do artista nos anos de 1980 com certeza estava garantindo um pequeno lucro.

“Se Peter Brant está vendendo um Basquiat privadamente, ele com toda certeza está tendo um lucro de cem por cento”, disse um artista que prefiriu não se indentificar. A compra de Griffin acontece no momento quando a maioria das galerias no país ainda continuam fechadas por causa da pandemia e as grandes compras tem sido restristas por causa dos incertos prognósticos econômicos.

“Enquanto o preços finais nas obras de artes tipicamente falando, não estão relacionados com as crises financeiras, o volume dos negócios pode sofrer consideravelmente”, disse Scott Lynn, fundador da plataforma de investimento em arte “Masterworks”.

“Na verdade, obras que geralmente estavam em coleções privadas podem de repente aparecer no mercado mesmo diante de uma crise, quando os colecionadores buscam capitalizar num patrimônio privado”, Lynn acrescentou

Brant de 73 anos de idade é vizinho de Ken Griffin em Palm Beach na Flórida. Além da sua famosa coleção própria, Brant é o fundador da revista “Interview” com o artista Andy Warhol. Em Maio de 2019 a fundação sem fins lucrativos de Brant abriu seu espaço em NYC com uma exposição com as obras de Basquiat, muitos das quais pertencem a coleção pessoal dele mesmo. No mundo capitalista o dinheiro(muito dele) continua falando mais alto. Ou melhor, bem mais alto./New York Post