A REVOLUÇÃO DOS RIQUIXÁS ELÉTRICOS NA ÍNDIA

Eletric rickshaw in India

Riquixá elétrico é o meio de transporte mais popular usado na Índia para transportar passageiros.

Mais da metade dos riquixás elétricos usado atulamente para o transporte de passageiros nas ruas em Nova Déli, a capital da Índia, são ilegais, segundo reportagem do periódico The New York Times. “Não é nada seguro”, disse Suman Deep Kaur, que trabalha numa agência de crédito e usa este transporte diáriamente para ir e voltar do trabalho.

Estes pequenos veículos elétricos usam algum tipo de bateria contendo entre seus componentes ácido. A bateria fica bem embaixo do veículo. A eletricidade usada para carregá-lo é frequentemente roubada. “Gato” não é somente uma modalidade da cultura brasileira. Não há postos elétricos para o abastecimento. É uma bagunça completamente generalizada que tanto os empresários do setor como o governo federal estão batendo cabeças tentando encontar uma solução para este enorme problema de transporte na Índia.

com mais de um milhão de riquixás nas ruas do país, este enxame de veículos é a segunda maior frota no mundo. A China com seus milhões de motocicletas e bicicletas eletricas é o maior.

De acordo com os analistas locais, mais de 60 milhões de indianos das classes mais populares usam este tipo de transporte diáriamente para sua locomoção. O preço para cada viagem sai por volta de aproximadamente US$.14 centavos do dollar.

Num país onde o transporte de massa ainda é bastante limitado para atender sua enorme populacao de mais de um bilhão e trezentos milhões de habitantes. Os riquixás atendem uma demanda altamente importante. Juntas Mumbai e Nova Déli, as duas principais cidades do país contam com mais de 24 milhões de habitantes. Os riquixás são de vital importância para atender a ampla população de trabalhadores. Este negócio é bastante importante também para ajudar na renda familiar dos motoristas. Estes mesmos motoritas são na sua vasta maioria analfabetos.

Ziguezagueando nas ruas pouco conservadas de Nova Déli, os riquixás deixam nos seus rastros muita poeira que muitas vezes vai direto para os pulmões tanto dos passageiros como dos motoristas.  Não falando ainda dos ossos sacudidos. Os motoristas geralmente dirigem contra o tráfico desviando de ônibus e caminhões que vem no sentido oposto.

Estes veículos de portas abertas são propícios para entrar e sair rapidamente. Entretanto, é preciso que os passagerios fiquem atentos para não se esborracharem no chão. As baterias as vezes acabam aquecendo demais colocando as vezes os trazeiros dos passageiros literalmente assados.

A adoção na Índia pelos veículos elétricos tem sido desorganizada para dizer o mínimo, bem como várias outras coisas no país. Os primeiros riquixás elétricos surgiram na Índia em 2010 quando os fabricantes importaram da China partes de fácil montagem, estes mesmos veículos eram usados particularmente para levar cargo.

Vinod Jha de 42 anos, um motorista de riquixá trocou seu antigo modelo para um elétrico há mais de 2 anos. Ele afirmou que agora tem mais passageiros. A vasta maioria dos passageiros preferem os riquixás elétricos do que aqueles antigos puxados pelas mãos. “Mas tem seu lado negativo. Me sentia muito mais saúdavel antes”, disse o senhor Jha. “Agora estou mais preguiçoso”.

GoldieSrivastava

Goldie Srivastava ao lado de um dos seus mais de 1000 riquixás elétricos.

com a nova revolução elétrica dos riquixás tanto o governo como as companhias privadas estão tentando controlar e organizar melhor este enorme e importante mercado. Os políticos visando os votos dos passageiros felizes com  a nova qualidade dos transportes, e os empresários de olho no enorme potencial de lucro. As companhias que estão entrando no mercando agora estão tentando oferecer um serviço diferenciado para atender os usuarios que estão ficando cada vez mais exigentes.

Uma destas companhias é a Start Up SmartE cuja frota atualmente conta com mais de 100 riquixás. Segundo o artigo ela é a maior no país. Em 2019 a Sart Up assinou um contrato com o sistema de Metrô Déli para estacionar seus veículos em locais estratégicos.

Goldlie Srivastava, o chefe executivo da empresa disse que os veículos elétricos fazem totalmente sentido em liderar a Índia na revolução elétrica.

“Usar os veículos elétricos é um enorme hábito para a população de baixa e média renda”, ele disse. “É elétrico, mas não é uma forma dramaticamente nova de transporte para a Índia”./NYT