COVID-19 – UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE

Coronavirus and Donald Trump

Conferência sobre o Coronavírus na Casa Branca

Com estas palavras sendo dita de maneira bastante sombria, o presidente do Estados Unidos, Donald J. Trump, respondeu as perguntas dos jornalistas sentados conforme o isolamento social na Casa Branca no final de Março para uma conferência sobre a pandemia.

“É uma questão de vida ou morte, francamente”, disse o presidente. O seu semblante sombrio mostrava um contraste bastante diferente do mesmo presidente que no começo do ano, mais precisamente em Janeiro afirmou aos jornalistas “que tudo estava bem. Nós temos tudo sobre o controle”.

Durante quase todo o período da conferência de aproximadamente duas horas o presidente finalmente entendeu a gravidade da situação atual. Revertendo seu pronunciamento. Três semanas antes do feriado Donald Trump praticamente selou a ideia de que o país iria “abrir” para a Páscoa. Ele cedeu as evidencias científicas e médicas dos especialistas dentro do seu governo recomendando que a população continue com o isolamento social por mais trinta dias.

A estimativa da comunidade científica do país é que o coronavírus poderá matar entre 200 mil e 400 mil pessoas mesmo com a implementação do distanciamento social, fechamento de quase todo o comércio, fechamento de escolas, barrar grandes aglomerações, fechamento de aeroportos e forçando as pessoas a ficarem em casa.

Segundo as duas principais pessoas encarregadas da força-tarefa atual, o doutor Anthony Fauci, especialista em doenças infecciosas trabalhando no setor púbico há mais de 40 anos e a doutora Deborah L Birx, coordenadora de resposta do governo federal a pandemia do coronavírus, esta é a projeção de mortos, mas ambos prometeram fazer todo o possível para reduzir drasticamente este número

Debora Birx and Anthony Fauci

doutora Deborah Birx e o doutor Anthony Fauci

 

Por mais terrível que possa parecer estas estimativas, os especialistas afirmaram que se nada fosse feito o número de mortes poderia chegar a mais de 2 milhões.

O doutor Fauci e a doutora Birx estavam ao lado  de um enorme gráfico mostrando o aumento dos casos em Nova York e Nova Jersey, mais do que em qualquer outro estado da Federação, um fato que segundo eles dá uma certa esperança que o número total de casos pode diminuir se os outros Estados seguirem rigorosamente as recomendações do governo Federal pelo menos pelos próximos 30 dias.

Esta foi a primeira vez que a atual administração mostrou oficialmente suas projeções e a amplitude da ameaça sanitária a vida dos cidadãos causada pelo COVID-19, mais conhecido como o coronavírus.

Nas últimas semanas o doutor Fauci e a doutora Birx resitiram em prognosticar o número de mortes por causa da pandemia dizendo que os dados científicos que possuiam não eram suficientes.

“Não há bala mágica.  Não existe uma vacina mágica ou terapia no momento. Só há postura”, disse o doutor Fauci. “Cada uma de nossas posturas se traduzirá em algo que mudará a trajetória da pandemia nos próximos 30 dias.”

O presidente afirmou ainda durante a conferência que seus comentários minimizando a virulência do coronavírus até sua repentina mudança era somente para assegurar aos norte-americanos.

“Eu queria ser positivo. Não quero ser negativo”, disse o presidente. “Quero dar as pessoas deste maravilhoso país esperança”./NYT