Esta é exatamente a questão a qual o Departamento de Educação no estado do Michigan está tentando responder em 2019. Para muita gente nos EUA, esta é naturalmente uma questão sem uma respota definitiva.
Quando os pais fundadores dos Estados Unidos (Washington, Jefferson, Hamilton, Franklyn, etc.) buscaram por um sistema de governo para o mais novo país independente, todos tinham a certeza de uma coisa; o novo governo não seria autocrático ou uma monarquia. (Mas continuaria sendo escravocrata.)
O novo governo teria sua força vindo dos cidadãos que votariam seus representantes, os quais teriam responsabilidades com os desejos de seus eleitores, bem como com o país.
De acordo com o filósofo grego Aristoteles, “Democracia é o governo da maioria”. Por mais nobre que seja esta declaração, não podemos esquecer que durante a época do filósofo, somente homens com propriedade podiam fazer parte do processo político na Grécia.
Um recente artigo no periódico The New York Times fala sobre o tipo de Democracia que é os Estados Unidos nos tempos atuais. É uma República ou uma Democracia? E quem decide o que adicionar e o que deixar de fora de sua história?
O tema que tipo de governo é os Estados Unidos veio a discussão depois que um grupo de conservadores em Michigan contestou a maneira como a história estava sendo apresentada para os estudantes nas escolas públicas. De acordo com eles, muita ênfase estava sendo dada a aquilo que poderíamos chamar das coisas não muito boas dos EUA, ao invés das coisas boas que o país conquistou ou proporcionou.
Para este grupo de conservadores, “estudos sociais sobre os EUA deveriam ser baseado num olhar mais minucioso nos documentos originais escritos pelos pais fundadores. Este mesmo grupo não quer saber de temas como aborto, mudança climática e direitos civis, nem que o tema LGBTQ seja incorporado no currículo escolar.
Para que estes temas sejam discutidos, o Departamento de Educacao do estado decidirá se um novo documento com as mudança será adotado. Citando parte da Constituição, os conservadores argumentam que os EUA são na verdade uma forma republicana de governo.

Estudantes em Michigan debatendo a forma de governo dos EUA./NYTimes
Os pais fundadores eram bastante céticos sobre uma Democracia direta. Eles argumentavam na época que isto poderia levar a uma tirania da maioria. Acadêmicos em geral dizem que os EUA são os dois: uma República e uma Democracia.
Quando os EUA foram primeiramente criados, grande parte de sua população ficou fora deste processo político (mulheres, escravos e índios). Os EUA lutaram uma guerra sangrenta para por fim a escravidão. Depois disso, o país deu as mulheres o direito ao voto. Cem anos depois da guerra civil os afroamericanos conseguiram o direito de serem considerados cidadãos plenos. Os índios tiveram finalmente muitas de suas áreas reconhecidas pelo governo federal.
40 anos atrás homosexuais começaram a demandar que seus direitos civis e liberdade civis fossem protegidos sob a Constituição. Na mesma época as mulheres no país lutaram duramente para opinar sobre seus direitos em ter um aborto ou proseguir com a gravidez.
Hoje em dia os EUA estão debatendo sobre imigração e cidadania e o que ela siginifica. Há uma nova geração de americanos que está interpretando a Constituição com um olhar diferenciado. Somente com a passagem do tempo poderemos tem uma clara imagem do sistema de governo dos EUA.
Para muita gente talvez a intenção dos pais fundadores fosse debater e com isso recomeçar uma nova interpretação da Carta Magna./NYT
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