O reino animal definitivamente tomou conta dos palcos na Broadway. O primeiro exemplo deste reinado fica por conta do musical O Rei Leão que há mais de vinte anos estreiou na Broadway e continua atraindo milhões de novaiorquinos e turistas.
King Kong baseado no famoso filme de 1933 fez sua estréia no final de 2018 no famoso teatro Broadway no coração do mundo teatral de Nova York. O novo musical chegou marcando presença e certamente está querendo destronar o rei da selva.
Duas outras versões do filme foram feitas por Hollywood depois de 1933. Uma em 1976 estrelando Jessica Lange e a outra em 2005 estrelando Naomi Watts.
A história é bastante conhecida. Um ambicioso e aventureiro (um pouco lunático talvez) diretor de cinema convence o capitão de uma pequena embarcação, sua tripulação e uma jovem e desempregada atriz a aventurarem-se pelas selvas da ilha SKULL ISLAND. A intenção do jovem diretor com esta viagem é encontar algo tão grandioso e magnífico que pudesse transformar o mundo dos espetáculos no chamado mundo civilizado. King Kong acaba sendo a resposta para a incerta aventura.
Ao entramos no belíssimo teatro Broadway a primeira imagem que notamos é o de duas silhuetas. Uma de um enorme gorila e a outra de uma diminuta mulher.

Christiani Pattis (Ann Darrow) e Eric Williams Morris (Carl Denham)
Para a versão teatral o elenco liderado por Christiani Pitts no papel de Ann Darrow, Eric Williams Morris no papel de Carl Denham e Lori Lotchtefeld no papel de Lumpy representam sem dúvida alguma algo raro dentro dos palcos da Broadway, uma diversidade de talentos. A diversidade dos atores e atrizes neste musical representam com toda certeza a diversidade encontrada nas ruas da Big Apple.
A direção do musical fica por conta de Drew McOnie, a trilha sonora por conta de Marius de Vrie enquanto a música fica por conta de Eddie Perfect.
King Kong é uma enorme marionete com mais de 6 metros de altura pesando mais de 2 toneladas. O enorme gorila no palco é manipulado por um time de 14 profissionais de primeiro gabarito. Eles são ajudados por 16 microprocessadores espalhados por todo o corpo de Kong.
A maneira como King Kong é manipulado de um lado para o outro no palco é um trabalho feito meticulosamente e não altera de maneira alguma os movimentos do enorme gorila. Ficamos tão envolvidos e conectados com a história e a relação entre a bela e a fera que nem percebemos que King Kong é uma enorme marionete.

King Kong e Ann Darrow
“Ele é um personagem com um carácter expressivo e com um grande alcançe de emoções, tive que realmente melhorar bastante minha representação para poder competir”, disse Chrstiani Pattis (Ann Daron) cuja relação com o enorme gorila é o foco central da história.
“Quando trocamos olhares pela primeira vez, ele dá um enorme rugido e eu começo a soluçar. Não parece que ele pertence a este espaço – Esta é a coisa que mais corta o coração sobre ele”.
Com uma produção que ultrapassou a casa dos US$35 milhões e que durante mais de uma década passou por diferentes roteiros, músicas e equipe de criação, tudo isto enquanto os produtores tentavam montar um show digno ao nome do personagem principal, fez com King Kong ao chegar na Broadway tenha todos os atributos para tornar-se junto com O Rei Leao o grande musical que seu personagem principal merece.
King Kong
Broadway Theatre
Broadway/53 Street
New York/NY
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