OS ESTADOS UNIDOS E O HOLOCAUSTO NA EUROPA.

13 October 2012, 20th Anniversary banners hang on the 14th street entrance to the United States Holocaust Memorial Museum

Entrada do Memorial do Holocausto em Washington

Exposição em Washington mostra o que os EUA poderiam ter feito e não fizeram durante a 2a Grande Guerra mundial para estancar o genocídio judáico.

O que sabiamos? Quando ficamos sabendo? E o que faltou ser feito.

Estas três importantes perguntas estão no cerne da importante exposição “Americans and the Holocaust” acontecendo no museu do Holocausto na Capital do país.

A recusa dos Estados Unidos em ampliar a quota de vistos para a entrada de um número maior de judeus durante a guerra mostra com bastante clareza o antisemitismo disseminado dentro do país.

Por causa do seu isolacionismo até  sofrerem o ataque em Pearl Harbor na base naval no Havaí, a posição do país era a de não envolvimento no conflito que estava acontecendo na Europa.

Nos últimos dez anos, uma vasta e importante bibliografia está disponível mostrando a todos interessados em historia que a entrada dos EUA na guerra aconteceu sómente por causa do ataque japonês a sua base naval. Esta importante exposição está sendo curada pelo historiador Daniel Greene da Universidade de Northwestern no Estado de Ilinois.

Jewish Refugees

Durante a Segunda Grande Guerra Mundial os EUA se recusaram a ampliar a entrada de um número maior de judeus no país.

Nesta exposição nos deparamos com revistas dos anos 1930 mostrando a ascenção de Adolf Hitler ao poder. Filmes mostrando o crescimento dos chamados facistas norteamericanos, e as pesquisas mostrando a resistência do país em entrar no conflito.

Mostrando a história em ordem cronológica “Americans and the Holocaust” mostra com bastante clareza o sentimento das pessoas na época. Havia por parte do então presidente Franklin D. Roosevelt uma enorme relutância em engajar o país numa guerra onde muitos advogavam não era dos EUA. O sentimento isolacionista era bastante forte no país.

Segundo os historiadores, os EUA estavam conscientes do que estava acontecendo com os judeus na Europa.

Com painéis “touch screen” é possível ver o que estava acontecendo com os judeus em várias partes do Continente Europeu. Em outras palavaras, as atrocidades ocorrendo na Europa era de conhecimento do governo dos EUA.

O ponto alto desta exposição é a resistência norte americana em rever sua política de imigração de 1924 que permitia no máximo a entrada de sómente 25.957 alemães anualmente. Porém, em 1933 (ano que Hitler ascendeu ao poder) foram autorizados a entrada de apenas 1.241 alemães com uma lista de espera de 3 anos. Em 1939 projetos de lei propondo a admissão de 20.000 refugiados nunca passou no Congresso.

Havia por parte de muitos políticos, entre eles Breckinridge Long do Departamento de Estado, um enorme desejo de não receber nenhum refugiado judeu.

Mesmo sabendo das atrocidades depois de 1944, os EUA nunca bombardearam nenhum dos chamados campos de concentração.

“America and the Holocaust” sugere que a reação dos EUA em relação ao holocausto judeu foi uma mistura de ignorância deliberada junto a um alto grau alto de antisemitismo. Atitudes essas baseadas simplesmente em medo e a não crença no tamanho dos horrores sendo perpetrados na Europa.

Tudo isto claramente complicado com todas as forças envolvidas neste conflito mundial.

Americans and the Holocaust vai até 2021

United States Holocaust Memorial

United States Holocaust Memorial Museum