Ernest Finney jr. nasceu em 1931 na pequena cidade de Smithfield no estado de Virginia (Sul) bastante famoso pela produção do seu presunto. Dez dias depois do seu nascimento ficou orfão da sua mãe. Toda sua educação ficou a cargo do seu pai, um educador que estava sempre mudando de cidade por causa do seu trabalho como professor.
Em 1946 pai e filho finalmente encontraram um lugar para ficar em difinitivo quando o patriarca da família conseguiu um trabalho como professor na faculdade Claflin, hoje tranformada na universidade Clafin na Carolina do Sul.
Com o diploma da faculdade de Direito da Carolina do Sul nas mãos recebido em 1954, Ernest Finney Jr., não podia conseguir sua carteira de advogado do Estado simplesmente porque era negro. Neste mesmo ano a Corte Suprema declarou incostitucional a separação entre alunos negros e brancos nas escolas públicas.
7 anos depois seu nome entrou para os anais daqueles que lutaram contra as leis segregacionistas e racistas nos Sul dos Estados Unidos. Ele representou 10 jovens estudantes em 1960 que foram presos simplesmente por tentarem ordenar sanduiches numa pequena loja de variedaddes na Carolina do Sul.
Apenas 1 dos estudantes recusou a oferta do juiz para que todos pagassem uma multa de US$100 ou passarem 30 dias presos. Na época os protestos conhecidos como sit-in (sentados ) começavam a ficar bastante popular na luta contra a discriminação.

Juiz Ernest Finney na Carolina do Sul
Em 2015 aos 83 anos, Ernest Finney Jr., agora com o título de primeiro juiz negro no estado da Carolina do Sul voltou a mesma corte onde defendeu os estudantes em 1961. Ao seu lado estavam seu filho e também alguns dos 10 estudantes.
Todos estavam alí para ouvirem a exoneração das sentenças proferida em 1961. “Justiça e Equidade” clamam que esta moção seja dada, declarou emocionado o juiz Finney Jr.
Foi um momento sublime para todos os presentes. Não sómente as sentenças foram retiradas, mas a promotoria local pediu desculpas em nome do Estado. Detalhe: O juiz presente era o sobrinho do juiz no mesmo caso em 1961.
“Sabíamos que a lei na época estava contra nós, mas nunca perdemos a fé do que vámos como a justiça iria prevalecer”, disse o juiz Ernest Finney Jr. em 2000.
“Quando vejo a onde chegamos hoje em dia, tenho que dizer: Se ha um homem que deveria estar impressionado de ue a lei funciona, eu sou este homem.”
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