CULTURAL CAPITAL EM NY: HASTEANDO A BANDEIRA PARA DEFENDER O HASHTAG #BLACK LIVES MATTER.

 

90eaaefa7091b877faf39f9705c2eb22

Black Lives Matter na Bienal de Veneza em 2015

O artista Adam Pendleton tem apenas 34 anos de idade. Sua consciência racial certamente foi formada na era da internet com suas diferentes plataformas sociais. Este jovem foi influenciado também pelo movimento contra a morte de jovens afro-americanos #BlackLivesMatter.

Adam Pendleton faz parte de uma nova geração de artistas incluindo Rashid Johnson, Elen Gallagher, e Ellen Mehretu entre outros.

Sua rotina diária consiste em levantar-se as 5:30 pontualmente para seu café da manhã. Antes mesmo de terminar sua refeição matinal já está imerso em livros de capa dura  lendo teorias literárias na sala do seu apartamento no bairro do Brooklyn/NY. Normalmente seus assuntos prediletos são História, Linguagem, Teoria Cultural, Poesia, e Criticos Literários.

Na comoda ao lado de sua cama estão os livros Familiar Strange: A life Between Two Island, sobre crescer na Jamáica dos anos 1930; In the Break: The Aesthetics of the Black Radical Tradition, sôbre a conexão entre o Jazz, Identidade Sexual, e sobre a política do negro radical; e por último Precarious LIfe: The Powers of Mourning and Violence, sobre a vulnerabilidade e opressão dos EUA após o 9 de Setembro de 2001.

Depois da absolvição em 2015 de George Zimmerman, acusado de ter matado o jovem desamardo Trayvon Martin na Flórida em 2012, Adam Pdedlenton criou em 2015 a obra Black Data Flag exibida na Bienal de Veneza. Uma clara alusão ao movimento Black Lives Matter. “Zimmerman escapou da prisao porque defendeu ‘seu espaço'”, disse o jovem artista em entrevista no seu apartamento no bairro do Brooklyn/NY. “Estou tentando encontrar uma linguagem que defenda seu espaço. Acredito que a linguagem que defende seu espaço é: Black Lives Matter“.

Adam Pendleton working

Adam Pendleton trabalhando no seu estúdio no Brooklyn/NY

Considerado um dos grandes artistas do momento, seu talento tem atraído colecionadores particulares que não medem esforços para adquirirem seus trabalhos artísticos.  Um dos seus trabalhos relacionado ao Black Data foi leiloado recentemene por US$225 mil. Bem acima do estimado pela casa de leilão Christie’s em Nova York.

Sua visão artística não está restrista sómente a arte contemporânea. Ele tem um compromisso com passado de luta dos afro-americanos. Juntamente com os artistas Rashid Johnson, Ellen Gallagher, e Julie Mheretu, ele está ajudando a preservar na Carolina do Norte a casa da cantora Nina Simone.

Seu gosto pela leitura e Literatura foi influenciado por sua mãe que dizia “voce não gasta dinheiro quando compra um livro”.

Durante sua juventude passava horas no porão da casa dos seus pais pintando. Depois de terminar o ensino médio dois anos antes do previsto, viajou para Itália para estudar arte e depois mudou-se para Nova York. Uma de suas grande preocupações é não ficar super exposto. Durante o ano costuma produzir sómente 12 trabalhos artísticos.

Na virada para o novo milênio, Adam Pendleton confessou a sua família que era gay. Para sua grata surpresa a reação da família foi de total apoio. “Meus pais fizeram a coisa mais generosa”, ele disse sobre crescer ao lado dos seus irmãos. “Meus pais permitiram que nós fossêmos o que somos”.

Por mais difícil que sua vida possa parecer, Adam Plendleton credita sua família por ele estar completamente centrado.

“Eu sabia que poderia voltar para casa. Isto permite a você arriscar-se”, ele disse. “Mesmo hoje em dia penso comigo: Pelo menos eu posso voltar para casa”.