PENA DE MORTE NO ALABAMA – PRISIONEIRO USA INCAPACIDADE MENTAL PARA DETER EXECUÇÃO

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Vernon Madison tem 57 anos. Em 1985, quando tinha somente 34 anos  matou um policial quando este último atendia a um chamado para averiguar uma disputa doméstica.

De acordo com os documentos oficiais da época, ele sorrateiramente se escondeu atrás da vítima disparando duas vezes contra sua cabeça. Nesta mesma confusão disparou também contra sua namorada que sobreviveu aos ferimentos.

Atualmente, tanto a mente como o  corpo de Vernon Madison estão se deteriorando. Ele tem encefaloma, ou carne morta no cérebro. Além disso, conversa de maneira inintelegível. Ele  possui também incontinência urinária causada pelo seu problema cerebral.

Estes estão sendo os argumentos usado pelo  por seu advogado para evitar sua execução.

Trinta e três anos atrás o Supremo Tribunal Federal determinou inconstitucional a execução de uma pessoa insana afirmando que isto feria o artigo 8 da Carta Magna.

O grande jurista e depois juiz do Supremo Tribunal, Thurgood Marshall, argumentou  “que não há nenhum valor retributivo em executar uma pessoa que não compreende porque lhe foi tirado seus direitos fundamentais de vida.”

O pedido de clemência não cita insanidade. Porém, diz que não há uma diferença prática de alguém que sofre os mesmos problemas por causa da demência.

O promotor é contra o pedido de clemência dizendo que o senhor Vernon Madison teve ampla oportunidade de apelar seu caso em corte antes. “A idéia de que sua inabilidade de recordar um evento preclude o entendimento racional do envento, é um absurdo”, afirmou a promotoria do estado do Alabama(Sul).

Recentemente o juiz do Supremo Tribunal, Clarence Thomas, ajuizou um pedido temporário de clemência. Duas horas depois desde pedido a Corte Suprema acatou temporariamente a clemência até decidir o caso.