O excelente documentário Híbridos – Os Espíritos do Brasil, começa com uma imagem singela. São pássaros voando num belo céu azul. É como se estivéssemos deitados numa relva observando um balé entre as aves. Ao mesmo tempo começamos a ouvir passos fortes como se fossem soldados marchando. Imagens dos índios Xavantes cantando vão surgindo até que ambas se misturam e deixamos de ver os pássaros e passamos a ver sómente os índios com seus instrumentos dançando num ritual religioso.
Híbrido é uma viajem etnográfica no mundo das sagradas cerimônias religiosas brasileira com toda sua diversidade cultural . O filme é ao mesmo tempo uma viagem do cinema como uma linguagem poética e pura.
Híbrido é o trabalho de dois jovens pesquisadores franceses. Vincent Moon e Priscill Telmon. Diferentemente de um filme convencional, este belo documentário é um projeto de múltiplas plataformas explorando o cinema com diferentes plataformas. Híbridos mostra a influência dos diferentes ritos religiososo dentro do Brasil. Os pesquisadores concentram-se na Umbanda, Candomblé, Catolicismo, e o Pentecostalismo.
Durante a apresentação do filme ambos diretores sobem ao palco para uma dinâmica apresentação usando um pouco dos vários materiais conseguido durante os mais de 4 anos de filmagens. Tudo complementando um ao outro numa tentativa de questionar nosso relacionamento com as imagens que estamos vendo. Com isto construimos uma profunda experiência sensorial que tenta nos transportar até onde os rituais estão acontecendo.
Híbridos – Os Espíritos do Brasil, é um filme musical de um novo tipo, para um novo tempo, e para um novo público.
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