DOCUMENTÁRIO

I called him Morgan

LEE MORGAN: O TRUMPETISTA

O excelente documentário “Called Him Morgan” conta um pouco da história e a tragédia do trumpetista Lee Morgan. Dirigido explendidamente por Kasper Collin,o filme é uma singela homenagem de uma aficionado do genêro musical Jazz a um jazzman morto prematuramente aos 33 anos de idade em Nova York.

O documentário evita a todo custo o sensacionalismo que envolveu a morte do trumpetista  numa noite de Fevereiro quando caia uma nevasca em NY. Ele foi assassinado pela sua companheira Helen More enquanto se apresentava num clube de Jazz na cidade.

Recheado com uma trilha sonora de “Blues” e com o que é convencionalmente chamado de “Swing”, “Called Him Morgan” usa a música do trumpetista como um belo pano de fundo. Por causa da falta de filmes e audio de Lee Morgan, o diretor usou o extraordinário catãlogo musical da gravadora “Blue Note” juntamente com fotos em preto e branco do artista.

Lee Morgan chegou em NY no início dos anos 50. Ele foi Descoberto pelo eclético jazzman Gizzy Gillespie e guiado cuidadosamente por Art Blakey. Magro, estiloso, e bastante efervecente, Lee Morgan costumava tocar seu trumpete com a mesma elegância e dedicação dos seus mentores.

Helen More morava nas cercanias da famosa casa de Jazz Birdland, nos arredores dos teatros da Broadway. Sua casa era frequentada pelos músicos que não sómente se juntavam para trocar idéias, fumar um baseado, mas também apra comer a deliciosa comida preparada por ela. O jovem Morgan 10 anos mais novo que Helen era um frequentador assíduo do local.

É do conhecimento de muita gente no círculo musical que ela ajudou a reacender a carreira do jovem trumpetista que estava a caminho do esquecimento por causa do seu uso constante de heroína.

“I Called Him Morgan” mostra o período onde o casal estava feliz e parececia que Lee Morgan havia deixado seu vício para trás.

O diretor Kasper Collin usa explendidamente depoimentos de ícones do Jazz que conviveram com o jovem Lee Morgan. Entre eles estão Wayne Shorter, Paul West, e Jymie Merritt, cujos testemunhos poderiam ser facilmente usados como uma lição histórica no mundo do Jazz. O único testemunho faltando seria o do próprio Lee Morgan que com toda certeza faria parte deste renomado grupo se não tivesse perdido a vida tão jovem.

O que acontenceu naquela noite jamais será totalmente explicado. Sua história é como uma daquelas baladas de amor com um final triste. Felizmente o que restou para a posteridade é o brilhantismo musical de uma chama apagada inexplicavélmente no auge de sua luminosidade.