MÚSICA

Chuck Berry

Chuck Berry: Uma Autobiografia

O roqueiro Chuck Berry falecido no ínicio de 2017 foi sem dúvida alguma o grande pioneiro do genêro musical Rock & Roll nos Estados Unidos. Além é claro de ser considerado pelos especialistas um grande compositor.

Em 1987 aos 60 anos, Chuck Berry publicou o livro –  Chuck Berry: Uma Biografia. Parte do livro escrito de próprio punho pelo músico foi escrita enquanto ele passava uma temporada na prisão por sonegação de impostos. O “Tio Sam” é implacável quando o assunto é imposto de renda. Al Capone que o diga.

Uma das características das letras de suas músicas é a impressão que elas causam. Como se saissem  diretamenta do rádio para falar com o ouvinte. A outra é sua traquinagem, ou o duplo sentido nas letras que temos a impressão quando ouvimos suass músicas que elas distorcem os sentidos.

Esta maneira de escrever e brincar com o duplo sentido das letras ele levou também para o livro. Por exemplo, quando diz sobre um amigo que é “tao feio como a própria morte comendo uma rosquinha suja. Ou quando escreve sobre uma garota que conheceu. “Ela é tão bonita que nao me importaria em pegar sua lata de lixo todos os dias”.

No livro ele descreve o mundo como um homem notando todos os detalhes ao seu redor  como se estive abrindo os olhos pela primeira vez.

A intenção de sua música era atingir o maior número de ouvintes possíveis fossem eles brancos ou negros. O espinhoso tema racial sempre ficou em segundo plano nas letras de suas músicas. Entretanto, no livro o tema é discutido amplamente em todos os sentidos.

Chuck Berry Rocking the hits

Quando Chuck Berry era jovem ficaram sabendo que ele havia dormido com uma mulher branca. Ele foi levado para uma delegacia. O delegado de plantão estava com um taco de Beisebol no ombro como se ele estivesse pronto para rebater, e a cabeça de Chuck Berry fosse a bola. O delegado disse que se ele mentisse uma única vez, usaria sua cabeca como se estivesse rebatendo um “Home Run”.*

No livro ele conta as indiguinidades sofridas como músico viajando pelo Sul do país nos anos de 1950 e 1960 onde a segregação fazia parte dos “mores” da região.

Ele conta como não podia ficar hospedado em certos hotéis, nem tão pouco comer em certos restaurantes. Chuck Berry conta a história de como os seguranças de alguns clubes faziam de tudo para manterem um homem negro do lado de fora com a maior polidez.

Nesta autobiografia, o autor lógicamente não escapa ileso. Ele fala de sua prisão por levar uma jovem menor de idade de um estado para o outro. No livro ele confessa que não sabia que a jovem era menor de idade.

O livro e bastante detalhista nos encontros amorosos. Como as mulheres o adoravam e como ele também as adorava. “Noite após noite nos estávamos descobrindo diferentes desejos e maneiras de satisfazer um ao outro”. Ele escreve. “Fantasias que há muito tempo sonhava eram realizadas harmoniosamente com as mulheres com as quais estava no momento”.

“Não advogo tristeza”, ele escreve. “Procuro felicidade em todas as avenidas possíveis da vida. Por este motivo evito funerais, até mesmo o meu”.

*Quando o rebatedor num jogo de Beiebol bate tão forte na bola arremessada que ela sai da área de jogo e vai direto para a arquibancada, e o jogador da uma volta completa no gramado sózinho.