Símbolo do ódio.
Com o slogan “Tornar a América grande novamente”, o atual presidente norte americano, Donald J. Trump, reacendeu no país a chama do racismo que estava em via de extinção.
Entre 2015 e 2016 durante sua campanha presidencial, Donald Trump reacendeu esta chama principalamente entre seus eleitores sulistas brancos que se sentiam “ameaçados” culturalmente falando em relação a outros grupos étnicos dentro do país. Entre estes grupos estão os latinos(majoritariamente os mexicanos), e os cidadãos oriundos do Oriente Médio.
Insultando grupos minoritários de pouca expressão política ou financeira durante a corrida para a Casa Branca, Donald Trump encorajou as atitudes que culminaram na batalha campal ocorrida em Charlotteville no Estado da Virgínia(Sul), onde uma ativista contra grupos neo nazistas e da Klux Klux Klan(KKK) acabou morrendo depois de ser atropelada durante a confusão generalizada.
As imagens mostradas para todo o planeta pelas diferentes plataformas de comunicação transportaram muitos cidadãos norte americanos para as décadas de 1940, 1950, e 1960, onde cidadãos negros eram enforcados, e ou atacados por policiais com seus cachorros e com esguichos das águas das mangueiras do Corpo de Bombeiros porque buscavam como cidadãos norte americanos seus direitos constitucionais.
Vários estudos publicados nos últimos anos apontam para uma mudança estrutural no país. Seja ela demográfica, política, cultural, ou até mesmo religiosa. Ocorre, porém, que nos estados sulistas onde estas mudanças ocorrem na mesma velocidade da aceitação pelos brasileiros que há um problema étnico-racial sério no Brasil, hã por parte dos cidadãos sulistas uma resistência enorme em aceitar estas mudanças. Em outras palavras, há por parte de varios estados no sul dos EUA uma luta intensa para preservar o mito histórico relacionado aos Estados Confederados do sul do país na sua luta para se separarem da União e preservando o status quo da escravidão. No Brasil a luta(se é que há uma luta) é para preservar o mito da democracia racial.
A demanda pela retirada de monumentos representando o passado(e também o presente) racista dos EUA não é nova. Há nos estados sulistas uma indústria milhonária ligada a venda e compra de artefatos e símbolos ligados aos estados confederados. Perpetuando com isto o mito de um passado falsamente idealizado. Em outras palavras, o sul do país antes da guerra da secessão, onde cavalheiros galanteadores e damas donzelas faziam parte da paisagem bucólica local.
Neste mito os escravos negros estavam felizes(como no Brasil) nas suas condições de mera mercadorias. Esta indústria esta desaparecendo graças a manifestações de organizações com a NAACP. A grande rede de hipermercado WAL-MART depois de muita pressão por parte da comunidade afroamericana deixou de vender estes artefatos. Porém, ainda e possível comprá-los via internet.
Os afroamericanos desde o final da Guerra Civil vem lutando pelo reconhecimento de que os estados confederados juntamente com seus símbolos representam não um sul bucólico, mas sim a escravidão e a segregação contra os negros. Para esta comunidade, estes símbolos e monumentos deveriam ser exibidos em museus, mas jamais serem expostos em praça pública. No Brasil se quer é discutido momunentos e símbolos homenageando os Bandeirantes. Os grandes caçadores de índios e escravos no país.
Apesar de todos os avanços, os EUA continuam tendo um sério problema com as minorias dentro do seu extenso território.
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